Iniciativa busca romper preconceitos e construir pontes de entendimento

Reforçando o compromisso com a inclusão e a acessibilidade, colaboradores da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA) estão participando de uma capacitação em Libras (Língua Brasileira de Sinais). A iniciativa é realizada em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e tem como objetivo qualificar o atendimento ao público surdo nos pontos de cultura mantidos pela instituição.
As aulas são conduzidas pelo professor Fernando Guedes, especialista em Libras e referência na área. A formação integra prática, gramática e aspectos da cultura surda, proporcionando aos participantes não apenas o domínio técnico da língua, mas também uma compreensão mais profunda sobre as especificidades e os direitos da comunidade surda.
Além dessa formação para os colaboradores, a FCCDA já garante a presença de intérpretes de Libras em seus principais eventos, como o tradicional Festival de Inverno de Itabira, garantindo que a programação seja acessível a um público mais diverso e ampliando a participação da comunidade surda nas atividades culturais.
Para a superintendente da FCCDA, Vanessa Faria, a capacitação é um importante avanço nas políticas de acessibilidade cultural da instituição. “Acreditamos que a cultura deve ser um espaço aberto a todos. Ao capacitar nossos colaboradores em Libras, damos mais um passo para que nossas ações sejam cada vez mais inclusivas e acolhedoras. Esta parceria com a Unifei fortalece nosso compromisso de garantir que todos, sem exceção, tenham acesso pleno aos nossos equipamentos e programações culturais”, destaca.
A FCCDA mantém diversos espaços culturais em Itabira, como o Memorial Carlos Drummond de Andrade e a Casa de Drummond, que recebem visitantes de todas as idades e perfis. Com a capacitação em Libras, a instituição amplia suas práticas de acessibilidade e reafirma seu papel como promotora de uma cultura democrática e diversa.
“Acessibilidade é um direito e Itabira está dando passos concretos para democratizar o acesso à cultura e ao turismo. O projeto de extensão universitária “Incluir-Itabira”, da Unifei, é pioneiro e visa eliminar não apenas as barreiras de comunicação, mas também as barreiras atitudinais. Essa iniciativa busca romper preconceitos e construir pontes de entendimento”, destacou o professor Fernando Guedes.
Ele acrescenta que a expectativa é que, ao final do curso, os alunos – especialmente aqueles que lidam diretamente com o público – consigam se comunicar de forma básica com os moradores e turistas surdos que frequentemente visitam Itabira. “O objetivo final é ambicioso: transformar Itabira em referência no Turismo Cultural Inclusivo, proporcionando uma experiência acolhedora e acessível para todos”, frisou Fernando Guedes.

